domingo, 20 de novembro de 2011

NOS SUBTERRÂNEOS DO TEXTO

Muita coisa é deixada de contar, quer seja por discrição ou por pudor, tem coisas que no teatro não se falam ficam nos segredos dos camarotes dos bastidores, e que nem eu poderia revelar, o artista tem a tendência de não mostrar pequena coisas do cotidiano de um espetáculo que seriam até divertidas as pessoas saberem, principalmente aquelas que pretendem um dia trabalhar com Teatro.

Mas seja como for uma coisa é certa: para todos o espetáculo é o foco principal da vida, é o mundo todo mundo, e o Brasil tem tantos atores e pessoas que se dedicam a esta arte que nunca poderia imaginar que fosse assim. Tive sorte em ter de “cara” minhas peças encenadas de ganhar algum dinheiro com elas de ser reconhecida e que para o teatro idade não existe e Dionísio não barra ninguém.

Constatei por experiência própria que todas as pessoas que fazem teatro, a começar pelo autor até o crítico teatral, somente se ocupam do teatro pois as peças de alguma forma têm a ver consigo mesmos, com alguma lição de vida que irão aprender ao encenar e falar aquele determinado texto, no momento de suas vidas em que isso acontece.

O mesmo deve acontecer com a platéia, vendo ao vivo os deuses que habitam no inconsciente coletivo se manifestando em total plenitude, tornando-se todos cúmplices da TRAGÉDIA HUMANA. No teatro tudo é ao VIVO, de VERDADE no momento real da ENCENAÇÃO, com emoções que jamais serão repetidas em outro dia.

Feito exclusivamente por quem teve o privilégio de estar presente naquele instante, pois amanhã será tudo diferente, mesmo que formalmente seja igual, este é o fascínio que leva o escritor a escrever para o TEATRO, o personagem adquire vida, carne e osso, fala, respira...  e são momentos tão imprevisíveis !

Nos Bastidores do Teatro – Ana Vitória Vieira Monteiro










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